terça-feira, 26 de maio de 2009

O Realismo na pintura

"Terceira Classe", de Honoré Daumier


"Bom dia, senhor", de Gustave Courbet


"Angelus", de J.-F. Millet

"Britadores de pedras", de Gustave Courbet

A pintura do Realismo começou por manifestar-se no tratamento da paisagem, que se despiu da exaltação e personificação românticas para se ater, simplesmente, na reprodução desapaixonada e neutra do que se oferece à vista do pintor. Passou, depois, aos temas do quotidiano, que tratou de forma simples e crua.
Foi em França que a pintura adquiriu uma particular intensidade, contado com grandes nomes como: Camille Corot, impulsionador do paisagismo realista; J.-F. Millet e Honoré Daumier, que retrataram a vida dura dos camponeses e do operariado citadino; Gustave Courbet, verdadeiro entusiasta da pintura morta; Édouard Manet, pintor multifacetado que abriu à sua arte novos horizontes.
(Fonte: Wikipedia)
W.L.

O Crime do Padre Amaro na Net

W.L.

Dicas de verbo!

Pessoal, nosso próximo assunto de Português é verbo. É bom ir se antecipando e relembrar o básico:
W.L.

Uma resenha sobre o filme a que assistimos: "O Crime do Padre Amaro"

O Crime do Padre Amaro, de Carlos Carrera El crimen del Padre Amaro, México/Espanha, 2002

Desde a sua estréia em Agosto, o filme O crime do padre Amaro é um dos temas mais questionados e discutidos em todo o México. A opinião publica está dividida entre os que o veneram e os que o odeiam. Não há meio termo, após a projeção as opiniões nascem e ocupam os dois extremos. Ao mesmo tempo que ele entrou na história do cinema mexicano como o filme que mais rendeu em um fim de semana de estréia lotando 400 salas com cerca de 800.000 expectadores, grupos católicos protestavam na porta dos cinemas contra a sua exibição. Jovens distribuíram panfletos dizendo que quem realmente ama a virgem Maria não devia assistir o filme, pois este a humilha. A polêmica aqui promovida pelo Cidade de Deus foi insignificante se compararmos à dimensão que O crime do santo Amaro obteve em seu país.
Transpondo para o México rural a estória extraída do romance homônimo de Eça de Queiroz o jovem realizador Carlos Carrera abre abruptamente uma ferida que há muito estava escondida na sociedade mexicana. Gael Garcia Bernal (Amores brutos, E sua mãe também), o interprete do personagem-título, disse em entrevista que o filme é apenas um espelho que o México não está acostumado a olhar. Ressaltamos que esse espelho reflete um país onde 90% de seus 100 milhões de habitantes são católicos.
A polêmica originada pelo filme reside justamente no fato do tema ter sido pouco abordado. Assuntos que envolvem corrupção de eclesiásticos são geralmente abafados, logo afastados do domínio público. Houve pessoas que classificaram o filme de absurdo porque na opinião delas ele retrata situações que nunca aconteceram na realidade. Para elas é simplesmente impossível um padre infringir a lei do celibato e brincar com os símbolos religiosos daquela maneira.
Uma dessas brincadeiras acontece em uma das cenas mais criticadas pela igreja. Amaro está com a sua amante, a adolescente Amélia (Ana Claudia Talacón), em um quarto e antes de fazerem amor, ele a cobre com o manto da virgem Maria. Elaborada de forma delicada e sutil a cena é uma bela solução visual para sugerir a idéia de que mesmo não abrindo mão do prazer proporcionado pelo amor carnal, o protagonista ainda mantêm as suas convicções sobre virgindade e pureza.
O conflito de Amaro é esmiuçado. Devorado por seu impulso sexual e reprimido pela pressão do celibato a escolha do proibido é inevitável. Optou-se por uma outra vida, secreta e clandestina mas que logo será engolida pela principal, a oferecida á sociedade. Esta, estimula e promove a hipocrisia pois a verdade não é para ser dita, a omissão é um de seus mais poderosos pilares. Baseado nesse sistema, o padre Benito aceita doações de um narcotraficante e mantêm um romance com a devota Sanjuana, mãe de Amélia. Todos escondem de alguma forma um obscuro segredo nascido da liberação de um desejo sufocado. Se por um lado a sua consumação causa alívio, por outro ela ocasiona uma culpa difícil de se extrair.
A opressão perfuma a atmosfera do pequeno lugarejo de los Reyes, embriagados pelo seu cheiro os habitantes se entregam ao fervor religioso como uma forma de silenciar os seus impulsos. As tentações são diárias, pertencem ao cotidiano e exercem um incrível fascínio sobre eles. Como os devotos, os membros da igreja também são fracos e uma vez submetidos ao comando dos desejos a vergonha e o orgulho os impedem de abandonar o sacerdócio. Enganando a própria consciência, eles criam mecanismos que encobrem a sua vida secreta e permanecem pregando o oposto do que praticam. Longe de ser um filme anti católico, marcado pelo ódio à igreja como tem sido dito, O crime do padre Amaro é acima de tudo um ataque à hipocrisia.


Estevão Garcia

Um conto de Machado de Assis

Machado de Assis, pricipal escritor do nosso realismo. Para muitos críticos, o maior escritor brasileiro de todos os tempos. Seu estilo é marcado pela análise psicológica das personagens, pela constante ironia, pela auto-consciência narrativa (seus narradores dialogam com nós, leitores) e por uma visão bastante pessimista sobre as relações humanas.

Cantiga de esponsais
Machado de Assis


Imagine a leitora que está em 1813, na igreja do Carmo, ouvindo uma daquelas boas festas antigas, que eram todo o recreio público e toda a arte musical. Sabem que é uma missa cantada; podem imaginar o que seria uma missa cantada daqueles anos remotos. Não lhe chamo a atenção para os padres e os sacristães, nem para o sermão, nem para os olhos das moças cariocas, que já eram bonitos nesse tempo, nem para as mantilhas das senhoras graves, os calções, as cabeleiras, as sanefas, as luzes, os incensos, nada Não falo sequer da orquestra, que é excelente; limito-me a mostrar-lhes uma cabeça branca, a cabeça desse velho que rege a orquestra com alma e devoção.

Chama-se Romão Pires; terá sessenta anos, não menos, nasceu no Valongo, ou por esses lados. É bom músico e bom homem; todos os músicos gostam dele. Mestre Romão é o nome familiar; e dizer familiar e público era a mesma coisa em tal matéria e naquele tempo. "Quem rege a missa é mestre Romão" — equivalia a esta outra forma de anúncio, anos depois: "Entra em cena o ator João Caetano"; — ou então: "0 ator Martinho cantará uma de suas melhores árias". Era o tempero certo, o chamariz delicado e popular. Mestre Romão rege a festa! Quem não conhecia mestre Romão, com o seu ar circunspecto, olhos no chão, riso triste, e passo demorado? Tudo isso desaparecia à frente da orquestra; então a vida derramava-se por todo o corpo e todos os gestos do mestre; o olhar acendia-se, o riso iluminava-se: era outro. Não que a missa fosse dele; esta, por exemplo, que ele rege agora no Carmo é de José Maurício; mas ele rege-a com o mesmo amor que empregaria, se a missa fosse sua.

Acabou a festa; é como se acabasse um clarão intenso, e deixasse o rosto apenas alumiado da luz ordinária. Ei-lo que desce do coro, apoiado na bengala; vai à sacristia beijar a mão aos padres e aceita um lugar à mesa do jantar. Tudo isso indiferente e calado. Jantou, saiu, caminhou para a Rua da Mãe dos Homens, onde reside, com um preto velho, pai José, que é a sua verdadeira mãe, e que neste momento conversa com uma vizinha.

— Mestre Romão lá vem, pai José — disse a vizinha.

- Eh! eh! adeus, sinhá, até logo.

Pai José deu um salto, entrou em casa, e esperou o senhor, que daí a pouco entrava com o mesmo ar do costume. A casa não era rica naturalmente; nem alegre. Não tinha o menor vestígio de mulher, velha ou moça, nem passarinhos que cantassem, nem flores, nem cores vivas ou jucundas. Casa sombria e nua. 0 mais alegre era um cravo, onde o mestre Romão tocava algumas vezes, estudando. Sobre uma cadeira, ao pé, alguns papéis de música; nenhuma dele...

Ah! se mestre Romão pudesse seria um grande compositor. Parece que há duas sortes de vocação, as que têm língua e as que a não têm. As primeiras realizam-se; as últimas representam uma luta constante e estéril entre o impulso interior e a ausência de um modo de comunicação com os homens. Romão era destas. Tinha a vocação íntima da música; trazia dentro de si muitas óperas e missas, um mundo de harmonias novas e originais, que não alcançava exprimir e pôr no papel. Esta era a causa única de tristeza de mestre Romão. Naturalmente o vulgo não atinava com ela; uns diziam isto, outros aquilo: doença, falta de dinheiro, algum desgosto antigo; mas a verdade é esta: - a causa da melancolia de mestre Romão era não poder compor, não possuir o meio de traduzir o que sentia. Não é que não rabiscasse muito papel e não interrogasse o cravo, durante horas; mas tudo lhe saía informe, sem idéia nem harmonia. Nos últimos tempos tinha até vergonha da vizinhança, e não tentava mais nada.

E, entretanto, se pudesse, acabaria ao menos uma certa peça, um canto esponsalício, começado três dias depois de casado, em 1779. A mulher, que tinha então vinte e um anos, e morreu com vinte e três, não era muito bonita, nem pouco, mas extremamente simpática, e amava-o tanto como ele a ela. Três dias depois de casado, mestre Romão sentiu em si alguma coisa parecida com inspiração. Ideou então o canto esponsalício, e quis compô-lo; mas a inspiração não pôde sair. Como um pássaro que acaba de ser preso, e forceja por transpor as paredes da gaiola, abaixo, acima, impaciente, aterrado, assim batia a inspiração do nosso músico, encerrada nele sem poder sair, sem achar uma porta, nada. Algumas notas chegaram a ligar-se; ele escreveu-as; obra de uma folha de papel, não mais. Teimou no dia seguinte, dez dias depois, vinte vezes durante o tempo de casado. Quando a mulher morreu, ele releu essas primeiras notas conjugais, e ficou ainda mais triste, por não ter podido fixar no papel a sensação de felicidade extinta.

— Pai José — disse ele ao entrar —, sinto-me hoje adoentado.

— Sinhô comeu alguma coisa que fez mal...

— Não; já de manhã não estava bom. Vai à botica...

O boticário mandou alguma coisa, que ele tomou à noite; no dia seguinte mestre Romão não se sentia melhor. E preciso dizer que ele padecia do coração: moléstia grave e crônica. Pai José ficou aterrado, quando viu que o incômodo não cedera ao remédio, nem ao repouso, e quis chamar o médico.

— Para quê? - disse o mestre — Isto passa.

O dia não acabou pior; e a noite suportou-a ele bem, não assim o preto, que mal pôde dormir duas horas. A vizinhança, apenas soube do incômodo, não quis outro motivo de palestra; os que entretinham relações com o mestre foram visitá-lo. E diziam-lhe que não era nada, que eram macacoas do tempo; um acrescentava graciosamente que era manha, para fugir aos capotes que o boticário lhe dava no gamão — outro que eram amores. Mestre Romão sorria, mas consigo mesmo dizia que era o final.

"Está acabado", pensava ele.

Um dia de manhã, cinco depois da festa, o médico achou-o realmente mal; e foi isso o que ele lhe viu na fisionomia por trás das palavras enganadoras:

— Isto não é nada; é preciso não pensar em músicas...

Em músicas! justamente esta palavra do médico deu ao mestre um pensamento. Logo que ficou só, com o escravo, abriu a gaveta onde guardava desde 1779 o canto esponsalício começado. Releu essas notas arrancadas a custo, e não concluídas. E então teve uma idéia singular: — rematar a obra agora, fosse como fosse; qualquer coisa servia, uma vez que deixasse um pouco de alma na terra.

— Quem sabe? Em 1880, talvez se toque isto, e se conte que um mestre Romão...

O princípio do canto rematava em um certo lá; este lá, que lhe caía bem no lugar, era a nota derradeiramente escrita. Mestre Romão ordenou que lhe levassem o cravo para a sala do fundo, que dava para o quintal: era-lhe preciso ar. Pela janela viu na janela dos fundos de outra casa dois casadinhos de oito dias, debruçados, com os braços por cima dos ombros, e duas mãos presas. Mestre Romão sorriu com tristeza.

— Aqueles chegam — disse ele —, eu saio. Comporei ao menos este canto que eles poderão tocar...

Sentou-se ao cravo; reproduziu as notas e chegou ao lá...

— Lá, lá, lá...

Nada, não passava adiante. E contudo, ele sabia música como gente.

Lá, dó... lá, mi... lá, si, dó, ré... ré... ré...

Impossível! nenhuma inspiração. Não exigia uma peça profundamente original , mas enfim alguma coisa, que não fosse de outro e se ligasse ao pensamento começado. Voltava ao princípio, repetia as notas, buscava reaver um retalho da sensação extinta, lembrava-se da mulher, dos primeiros tempos. Para completar a ilusão, deitava os olhos pela janela para o lados casadinhos. Estes continuavam ali, com as mãos presas e os braços passados nos ombros um do outro; a diferença é que se miravam agora, em vez de olhar para baixo: Mestre Romão, ofegante da moléstia e de impaciência, tornava ao cravo; mas a vista do casal não lhe suprira a inspiração, e as notas seguintes não soavam.

— Lá... lá... lá...

Desesperado, deixou o cravo, pegou do papel escrito e rasgou-o. Nesse momento, a moça embebida no olhar do marido, começou a cantarolar à toa, inconscientemente, uma coisa nunca antes cantada nem sabida, na qual coisa um certo trazia após si uma linda frase musical, justamente a que mestre Romão procurara durante anos sem achar nunca. O mestre ouviu-a com tristeza, abanou a cabeça, e à noite expirou.

O texto foi extraído do livro "O alienista e outros contos", Editora Moderna - São Paulo, 1997, pág. 78.


Dica de Português


Grafa-se “de baixo”, separado, nos seguintes casos:
a) quando “baixo” é adjetivo ou faz parte de uma locução adjetiva: “Disse várias palavras de baixo calão”; “Estava sem a roupa de baixo”;
b) em correlações com “cima” ou “alto”: “Olhou a moça de baixo a cima”; “Observou o quadro de baixo a alto”; “A cortina rasgou-se de baixo a cima”;
c) ou quando pode ser substituído por “de cima”: “Saiu de baixo (de cima) da árvore”.
Nos demais casos, escreve-se “debaixo”, junto: “O menino está debaixo da mesa”; “Vivem debaixo do mesmo teto”; “Debaixo de um sol forte, centenas de pessoas disputaram um espaço na fila”; “Sport joga com o regulamento debaixo do braço”.
Como reforço, perceba que em “de baixo” está presente, normalmente, a ideia de “lugar de onde” (Saiu de baixo da mesa = saiu de onde) enquanto em “debaixo” a ideia é de “lugar onde” (O menino está debaixo da mesa = o menino está onde).
Observe também que “debaixo”, na maioria das vezes, é seguido da preposição “de” (“O menino está debaixo da mesa”; “Vivem debaixo do mesmo teto”; “Timbu com o regulamento debaixo do braço”) e que o mesmo não ocorre com “de baixo” (“Disse várias palavras de baixo calão”; “Olhou a moça de baixo a cima”; “Sai de baixo, que lá vem pedra!”).
Laércio Lutibergue

ESPIRITUALIDADE INACIANA

Espiritualidade é uma maneira de ser cristão, uma forma concreta de viver o Evangelho, a partir da ação do Espírito.
Conforme o ensinamento dos apóstolos, é o Espírito Santo que suscita na Igreja a fé do seu povo, infundindo-lhe os dons necessários a sua missão evangelizadora. O acolhimento desses dons espirituais e os frutos concretos na prática do amor, seja em âmbito pessoal ou comunitário, podem ser chamados de espiritualidade.
Não se deve esquecer de que o critério de uma vida verdadeiramente cristã consiste na capacidade de descobrir os caminhos do Espírito na história, por meio do confronto vital com a Pessoa de Jesus Cristo.
Inácio de Loyola, Francisco de Assis, João da Cruz, Teresa D´avilla e tantos outros descobriram o amor de Deus no encontro com Jesus Cristo. A resposta a esse amor surgiu de um jeito próprio, com atitudes concretas, dando origem a uma pedagogia.

QUAIS SÃO, ENTÃO, OS ASPECTOS PRÓPRIOS DA ESPIRITUALIDADE INACIANA?

1. O “MAGIS” – Para S. Inácio, o “magis” é a resposta do ser humano ao Deus “trabalhador e providente”. Sempre há um “mais” de amor por parte do “Deus sempre maior” com relação a cada pessoa. Diante da Divina Majestade e da bondade infinita de Deus, a resposta do ser humano não pode ter limites; ele é chamado a “servir” a Deus ao máximo.
S. Inácio assinala essa meta com o termo “magis”, buscado em cada circunstância e em toda atividade.
No fundo desse dinamismo, encontramos uma tensão interna que estimula a pessoa a buscar sempre mais; uma força motriz que vai dando em cada momento o impulso necessário a superar-se, a entregar-se generosamente sem limites, a não ter medo das últimas consequências.
O “magis” passa a significar entrega total e sem reservas para “inteiramente cumprir Sua santíssima vontade”; mais que o ardor de um temperamento, o “magis” corresponde agora a um desejo e a uma atitude espiritual: é preciso fazer o máximo para o louvor e o serviço do Senhor.
2. O “DISCERNIMENTO” – atitude permanente de reflexão sobre os movimentos internos de nosso espírito, lendo nos sucessos e fracassos das criaturas e nos sinais dos tempos a expressão da vontade de Deus para nós.
Discernir é “sentir e conhecer (tomar consciência!) as diversas moções que se produzem na alma” (Exercícios Espirituais, 313). O discernimento supõe as existência de “movimentos internos” que se sobrepõem à pessoa. Estão na pessoa e não dependem dela. A pessoa deverá refletir sobre os efeitos (reações) que se produzem no seu coração: inquietude, angústia (desolação) ou paz, alegria (consolação).
3. A “INDIFERENÇA” – atitude de despojamento pessoal que revela que só Deus é o fim e que tudo o que existe na face da Terra são meios para se chegar a Ele.
O aspecto mais importante da Espiritualidade Inaciana é o fato de ela ser cristocêntrica, isto é, ter seu ponto de partida e de chegada na Pessoa de Jesus. Seguindo Cristo e amando-o, toda a vida ganha sentido e um dinamismo que encaminha para a “Missão”. Para um inaciano, assumir uma missão é fazer da própria vida um gesto diário de entrega aos demais, que se concretiza na vida familiar, profissional e social, na procura de “em tudo amar e servir”.
Podemos dizer, então, que a Espiritualidade Inaciana se resume em ser “contemplativos na ação”. Contemplativos na medida em que olhamos o mundo e sua realidade com os olhos de Deus. Na ação enquanto este olhar nos tira da acomodação e nos leva a agir no mundo, para transformar toda a realidade em que não brilham a Glória de Deus e a felicidade da pessoa humana.